terça-feira, 5 de outubro de 2010

Crítica Geral

Desde pequena sinto em mim algo revoltante com relação ao mundo e as pessoas.
Questionar acho que foi o primeiro verbo da minha vida..
Por maioria das vezes excluída, e denominada sem importância alguma.
Quando a gente cresce, descobre dentre muitas coisas, a ignorância humana, a acomodação, a falta de interesse mútuo por conhecimento seja lá qual âmbito ele se encontra.
Tive uma educação que considero muito boa, tanto em casa qto das escolas que estudei. Naquela época ainda não haviam sucateado a educação, como esta hoje. Ufa, sorte a minha.
Estudei em escola publica por quase toda minha vida... apenas 1 ano fiz em particular.
Neste tempo, ainda se falava de política nas escolas, ensinavam o valor à pátria, o respeito à sociedade, e tive ainda alguns professores que contestavam tudo. Esses pra mim eram os melhores!
Muito engraçado pensar que cresci numa cidade pequena, que a nível de conhecimento e educação comporta uma das melhores universidades do Brasil, com um povo em sua maioria de uma carga provinciana, tradicional, aracaica, à nível de feudalismo... Como pode este contraste tão brusco?
Com esta questão desde mto cedo em mente, procurei ajuda e conhecimento espiritual para poder entender aquela incoerencia.
Mas somente na faculdade eu puder realmente entender o ciclo vicioso de uma sociedade provinciana, que não evolui e não sai do lugar por anos e mais anos....
As pessoas que nascem e rompem com isso, dificilmente voltam, mas em uma grande maioria não conseguem este rompimento, e acabam por voltando ao mesmo ponto. Mesmo lugar.
Vivem anos à fio de sobrenome, heranças e concursos publicos estacionados no tempo...
Fazendo todos os dias a mesma coisa, numa acomodação sem fim...Parece um imã, um vício mesmo.
Colocam-se uma âncora em si mesmas, e uma viseira de burro.
Conservam casamentos de aparência por anos e anos, comem frango e arrotam caviar, numa hipocrisia sem fim...
O interesse constante pela vida alheia desfocam sempre de si mesmos.
Engraçado como há a super valorização da futilidade, das aparências..
Tradições seguidas na falsidade...
Enoja...
E o povo brasileiro, mesmo os cosmopolitas se encontram da mesma forma...
Completamente anestesiados pra situação política atual do país, se lixando para o bem comum, para o coletivo..
Este só é de interesse qdo fulano começa a namorar ciclano, que tem carro tal, mora em tal lugar...
Não sei se falta apenas conhecimento, informação para as pessoas, mas acredito que uma reforma espiritual também, psiquica.. um despreendimento de valores tão ultrapassados religiosos, dogmas falidos... Coisinhas , picuinhas que atrasam a mente por anos e mais anos...
Sonho em uma sociedade mais justa, politizada , com pessoas melhores...
Não desanimo em hipótese alguma na minha luta diária em despertar em cada um a vontade, o sentido do auto-conhecimento, o seu verdadeiro eu, o teu proprio caminho, independente, individual.
O egoísmo não pode deglutir as pessoas como esta...
Ainda tem saída, precisa-se despertar...
Chega de fanatismos, radicalismo, camuflagens!
Precisa-se abrir a mente, para novas idéias, reciclar as antigas..
Pq tanto medo e resistência para mudar?
Acredito que conhecer a história de nossos antepassados ajude bastante, no sentido de não repetir as mesmas burrices e erros. À nível de dicernimento.
Coloca-se desculpa em tudo, na familia, no governo, nos filhos, no primeiro namoradinho de 500 anos atras que fez isso ou aquilo, justificativas baratas, sem cabimento algum atual, engana-se a si mesmo, só pra não mexer...
Que tristeza eu tenho de encontrar um velho conhecido de infância q continua no mesmo lugar, no mesmo trabalho , fazendo as mesmas coisas.. até a cor da loja é a mesma de qdo eu tinha 5 anos de idade! Como se pode ser feliz em uma vidinha mais menos? Que valores são esses? Que tradição maluca meu Deus?!!! Não consigo entender mesmo!! Mas vale ressaltar que sempre há exceções para todas as críticas aqui feitas. E pra tudo na vida.
Não me acho superior por ter aberto minha mente e rompido desde pequena as convenções e valores furados repassados à mim. Talvez eu esteja errada ao ver de alguns, radical pra outros.. Mas o que realmente importa pra mim, é o que eu sinto, penso e vivo. E que as pessoas em minha volta não são invisiveis.. e procuro não classificar ninguém, e mto menos rotular...
Identidade é mto pessoal e intransferivel, e é preciso mta cautela pra não se misturar em tudo e se perder a vida toda...
Fica aqui minha crítica, indignação para todos que se acomodam na vida, com o país, com a cidade, e com as pessoas ao seu redor.

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