terça-feira, 17 de agosto de 2010

O culto ao corpo

Mas, afinal o que leva a tantas mulheres como também os homens a se submeterem a todo tipo de recursos por uma bela aparência?
Tais dúvidas dependem da representação que fazemos de nosso corpo e da representação que os outros fazem dele. Muitas vezes não separamos essas duas representações e ficamos na dependência de como sou visto (a) enquanto homem ou mulher. Posso estar contente com meu corpo, com a minha ‘feminilidade’ ou com a minha ‘masculinidade’ corporal, mas a presença ou olhar de outra pessoa consegue abalar esse contentamento, mudado a imagem que faço de meu sexo, levando-me mesmo a despreza-lo ou a procurar desesperadamente modificar essa imagem.


O nosso corpo e mente são as únicas propriedades que temos desde o nascimento. Deixar converter em inimigo aquilo que é, e nunca deixará de ser realmente nosso, não deve ser o caminho certo.
Afinal, a beleza está mesmo nos olhos de quem vê? O fato é que estes olhos pertencem a uma sociedade que não enxerga alem do que pode ver.
 
O mundo moderno vive sob a ditadura da beleza e os feios não são bem aceitos. Ser bonito é uma vitória, e o culto ao corpo é um caminho na direção desses valores.
 
Não há o porque da mulher, especialmente, a brasileira fazer do seu corpo um cárcere. A maior beleza é a do corpo livre, desinibido em seu jeito próprio de ser, claro que lhe cabe o poder de ser vaidosa e embelezá-lo. Mas não lhe cabe a obrigação de que seguir os padrões impostos, para ser notada. O ideal do feminismo foi desde sempre romper com as dicotomias e garantir uma construção social, pelo qual caberia ao corpo feminino não ficar mais confinado somente a reprodução. Estava longe do ideal feminista promover o turismo sexual que cresce cada vez mais, a mercantilização de forma irresponsável da imagem do corpo da mulher na mídia.
 
É pela livre expressão dos humores, desejos, sentimentos e pelo fim deste narcisismo alienado, pelo qual, a mídia e a sociedade globalizada, leva as mulheres a considerarem que é pela beleza perfeccionista que elas terão poder e serão reconhecidas. Além de tentarem fazer com que as mulheres aceitem este sistema de papéis sexuais sem questionar.


A mulher deve usufruir sua sensualidade sem medo e sem culpa, pois com isso terão uma vida sexual mais satisfatória com liberdade, ternura e autoconfiança. Cabe a mulher fazer sua parte nesse movimento, não deixando de dar o devido valor ao seu corpo e sexualidade e não deixar que os “outros” digam a ela o que é ser belo. Mas, acima de tudo cabe aos homens e mulheres dignificarem seu relacionamento, não esperando que a sociedade realize o que só a eles complete: construir um relacionamento baseado na auto-estima de ambos. È essa a beleza fundamental.


E a faxina continua!
Bom dia =)

Tay

2 comentários:

  1. É..
    Vivo para mostrar que esse padrão exigido pela sociedade moderna é apenas uma forma de camuflar o ser humano.
    Em uma sociedade onde os padrões de beleza passam a ser fundamentais, a educação, a cultura e o intelecto são jogados ao nada.

    Todo esse nada!

    Bjs

    ResponderExcluir
  2. Olá Ta!!

    Na aparência dependemos só dos outros e quanto á beleza depende -se também dos outros.
    Sem sensualidade o sexo não vai além da procriação e a sexualidade está ligada a tudo,uma vez q em tudo há sexo.

    Beijokasss!!

    ResponderExcluir